25/07/2010

Deus


De que era era o Deus
Que tudo nos deu
Daquilo que não presisávamos?
E, aquele eterno alimento...
Guardou para os tolos.
De que Deus falamos
Que nos deixa a mercê da serpente
Como guardiã do paraiso?
Um Deus que nos joga
Na arena da malícia...
E, no deleite do pecado
Só para não nos ver oprimidos?
Que Deus maravilhoso é esse
Que nos pune sem piedade
Nos dando como castigo
A ignorância da alma?
É o Pai que nos tira o direito
De ser o seu retrato na parede da vida.

Lúcifer


Luz que se repete
No erro que se comete
Em se crer na salvação.
Belo e sedutor...
Conduz sem nenhum pudor
As ovelhas desgarradas... Assustadas!
Para o fácil caminho da dor.
Solidário e sorridente...
Nunca fica descontente
Com o tolo pecador.
Ao contrário...
Aconchega-o em seu carinho fingido.
Oferece o peito como de um amigo
Para poder melhor enredar.
Ele? É todo o prazer...
É toda a delícia!
E, se você não segurar os sentidos
Sua alma ele irá roubar.
Nos ama com tanto fervor
Que a todos quer abarcar.
Não cobra muito pelos favores.
Espera apenas seguidores
E, que sua imagem e semelhança...
Possa proliferar.